Trago dentro da garganta As letras do teu nome Quando um homem se levanta Grita fúria em vez de fome Só a força das palavras Fez do medo esta verdade Quando é teu o chão que lavras O arado é liberdade Meu país vontade corcel de saudade vencida Meu povo em viagem ganhando a coragem perdida Meu trigo meu canto meu maio de espanto doendo Meu abril tão cedo tão tarde meu medo morrendo Meu amor ausente meu beijo por dentro queimado Num tempo tão lento tardamos no vento até quando Até quando? Trago as palavras desertas Na canção que eu inventei E nas duas mãos abertas Estas veias que rasguei Por isso o meu sangue corre Na seiva da primavera Sou um homem que não morre Sou um povo que não espera Meu país vontade corcel de saudade vencida Meu povo em viagem ganhando a coragem perdida Meu trigo meu canto meu maio de espanto doendo Meu abril tão cedo tão tarde meu medo morrendo Meu amor ausente meu beijo por dentro queimado Num tempo tão lento tardamos no vento até quando Até quando?