Mar Ribatejo, maré cheia O meu cavalo deslumbrou-se E galopando pela areia Bebeu o mar salgado e doce É na Lezíria que nos cheira A Maré viva dos esteiros Água chorada a vida inteira De homens que foram pioneiros *Refrão: Tira o Barrete, põe o colete De homem p'ra homem enfrenta o touro Ensina o verde ao teu ginete Que o verde é esperança, que o verde é ouro Tira o barrete, põe o colete Pega de caras o teu destino Tira do verde todo o verdete Homem inteiro, verde campino Longe uma praça de aventuras Luzes num traje de um toureiro Garcia Lorca que procura Ver na arena o seu tinteiro Mundo de passes e faienas E de lugares de sombra e sol Os dois sectores que há nos poemas Vivos na prosa do Redol *Refrão: Tira o Barrete, põe o colete De homem p'ra homem enfrenta o touro Ensina o verde ao teu ginete Que o verde é esperança, que o verde é ouro Tira o barrete, põe o colete Pega de caras o teu destino Tira do verde todo o verdete Homem inteiro, verde campino