CarlitoMattos

Esperança

CarlitoMattos


Dizem que a esperança, é a última que morre
Então, porque toda essa aflição
Dizem que a esperança é um sentimento sórdido
Então, porque toda essa ansiedade
Dizem que a esperança é um bem comum
Então, porque todo esse desespero
Quando a esperança foi espectativa
Confiei na amizade, me atrevi na audácia
Dei crédito à espera e embosquei a solidão
Aguardei com segurança, me perdi nas aparências

Quando a esperança, foi a autopia
Sonhei absurdos, caprichei na ambição
Estravaguei o sonho, imaginei o ideal
Idealizei o mito, me iludi com a visão
Calculei o desejo, fantasiei o mistério
Doutrinei a teoria, perdi os princípios
Quando a esperança, foi possibilidade
Simulei o ilógico, esperei o capricho
Desejei o provável e me distraí com o absurdo
Usei as aparências e me abstinei com a alucinação
Distraí a tirania e terminei com a ficção
Dizem que a esperança é a última que morre
Pode ser ainda não morreu
Pode ser que ela esteja entre nós
Quando a esperança é a última que morre
Pode ser que ela esteja entre nós