Dizem que a esperança, é a última que morre Então, porque toda essa aflição Dizem que a esperança é um sentimento sórdido Então, porque toda essa ansiedade Dizem que a esperança é um bem comum Então, porque todo esse desespero Quando a esperança foi espectativa Confiei na amizade, me atrevi na audácia Dei crédito à espera e embosquei a solidão Aguardei com segurança, me perdi nas aparências Quando a esperança, foi a autopia Sonhei absurdos, caprichei na ambição Estravaguei o sonho, imaginei o ideal Idealizei o mito, me iludi com a visão Calculei o desejo, fantasiei o mistério Doutrinei a teoria, perdi os princípios Quando a esperança, foi possibilidade Simulei o ilógico, esperei o capricho Desejei o provável e me distraí com o absurdo Usei as aparências e me abstinei com a alucinação Distraí a tirania e terminei com a ficção Dizem que a esperança é a última que morre Pode ser ainda não morreu Pode ser que ela esteja entre nós Quando a esperança é a última que morre Pode ser que ela esteja entre nós