As nuvens negras de outrora cobrem a noite A lua adormeceu, os bichos noturnos acuados ficaram Em tocas calaram, por um silêncio que transpira o medo. No rebojo sombrio dos aningais, rompendo canaranas Nas águas escuras, enigmáticos olhos reveladores de encantos Da fera que virá... Emerge com fúria a fera das águas, estrondando Assombrando os igapós..... soberana.... Esturros na noite estremecem as águas Quimera que avança com voracidade Pesadelo caboclo... No corpo escamas de sucuriju Negra sorrateira como o breu da noite Filhas de arraias, jacarés Cria de botos, poraquês (x2) Vaga no lodo das águas da escuridão Na fúria das águas a fera dos aningais Tapiraiauara, Tapiraiauara, Tapiraiauara (bis)