É tarde em tua casa Saudades, uma carta Verdades, a idade Eu lembro de tudo É noite, é noite — Ei você aí! Lembra de mim? Deixei a porta aberta Velhas feridas reabertas Gentileza tem aos montes Na terra onde fui conde e perdi o meu castelo Esperança em vários nomes O que deixamos de sincero são as marcas a curar Mas o sol ainda há de brilhar, brilhar O que eu aprendi com você É que o certo sempre há de temer E o vencedor é quem mente mais Eu estive aqui Lembra de mim? Estive de peito aberto À espera de um verso controverso Eu enfrentei correntes Derrubei cada um dos deuses E tive medo de ti Fui derrotado pela espada Que um dia confiei a ti Eu confiei em ti Mas o sol ainda há de morrer, morrer Eu esperei calado! Braços abertos, pulsos cortados E o que eu busco agora é um pouco de mim Busco justiça Nem que seja com as próprias mãos Busco justiça Para o seu crime Eu busco justiça Nem que seja justiça com as próprias mãos Justiça com as próprias mãos Para o seu crime sem perdão O sangue agora é negro Paixão um pesadelo As lembranças são espinhos dos quais não consigo me livrar Mas o seu tiro há de ricochetear A sua faca volta a lhe cortar Eu quero ver o seu sangue jorrar! Eu quero ver o seu sangue jorrar! Eu quero ver o seu sangue jorrar! Eu quero ver o seu sangue jorrar! E se eu bater a tua porta é melhor me atender!