Sonhei que eu era um balão dourado, e debruçado no manto estrelado do céu, eu via o povo cantando embalado, como na jinga de um carrossel. No sonho eu via a sanfona e a zabumba, batendo tão forte, parecendo um coração, no tingue-lingue do triângulo, a poeira que sai do chão, mais um licor para embebedar o coração, foi nesse passo, ao som do arrastapé, até o amanhecer seja lá o que Deus quiser. Voei, voei, para o meu amor encontrar, e quando beijei seu rosto, a lua veio nos admirar. É que era São João, ôôô, e mais ardente o amor se dá, bem junto à chama da fogueira, novos sonhos vão rolar.