Ao amor, em vão fugir, eu procurei Pois tu, breve, me fizeste ouvir a tua voz Mentira deliciosa E, hoje, é meu ideal um abismo de rosas Onde a sonhar Eu devo, enfim, sofrer e amar! Mas, hoje, que importa Se tu'alma é fria Meu coração se conforta Na tua própria ironia Se há, no meu rosto Um rir de ventura Que importa o mudo desgosto De minha dor, assim, sem fim Se minha esperança O que não se alcança Sonhou buscar Devo calar, hoje, o meu sofrer E, jamais, dele te dizer O amor, se é puro Suporta obscuro Quase a sorrir, a dor de ver A mais linda ilusão, morrer Humilde, bem vês que vou A teus pés levar Meu coração, que jurou Sempre ser amigo e dedicado Tenha, embora, que viver Neste sonho enganado Jamais direi Que, assim, vivi Porque te amei! Ao amor, em vão fugir, eu procurei Pois tu, breve, me fizeste ouvir tua voz Mentira deliciosa E, hoje, é meu ideal um abismo de rosas Onde a sonhar Eu devo, enfim, sofrer e amar! Mas, hoje, que importa Se tu'alma é fria Meu coração se conforta Na tua própria ironia