Penso, calo, vivo, falo, espero o movimento Faço o que preciso fazer Vagarosamente vou tentando entender Creio um caso, vivo o raro exploro o pensamento Prefiro às vezes não entender Determinadamente vou deixando de sofrer Por que você me olha assim Não percebe a mesma dor que te emudece existe em mim? Por que você resiste assim Ao invés de ouvir a voz do que há por dentro e dizer sim? Prefere abandonar o imperfeito Vem me dizer que a vida não tem jeito Prefere abdicar desse direito E ignorar que todo dia eu Disto, vago, aperto o passo, retiro o argumento Me entrego a soberano poder Sem pressa de chegar nem gana de vencer Cedo ou tarde, sem alarde ou arrependimento Vivendo o que se ainda há pra viver Trezentas e quarenta mil maneiras de fazer Penso o que não devia Atesto o que eu nem sei E quanto menos eu puder falar Pra estar mais perto de mim