E aí veí! Chega aí, o papo aqui é diferente Estão fazendo sua cabeça, assuma sua mente Você é ludibriado pelo que vê e ouve Bote fé, vou te provar que é só pressão e pose Finalmente entrou pro time dos que tanto gosta Conseguiu o que queria: agora é mais um bosta Apronta, faz e acontece, quem vacila dança Ontem um cara de paz e hoje diz que é "gangsta" Diz que não abre pra ninguém, faz o que quiser Que tem mais vida que gato e se cair cai de pé Que pra ter qualquer mulher basta estalar os dedos Não sabe o que significa a palavra "medo" Vários chegados e parceiros, mas em nenhum confia Sem o respeito dos filhos, carinho da família Se diz o rei da malandragem, dono do seu nariz Deus sabe o que faz e a gente não sabe o que diz Aonde estão suas mansões, seus carros importados? Seus milhões na Suíça, seus vários empregados? Só uma canela seca enferrujado, pouca munição Barraco alugado, vira-latas no portão Altos panos de marca, tênis importado, jaqueta de couro Dinheiro no bolso, relógio roubado Com o pouco que tem você se sente bem: Somente a quarta série, ao mesmo tempo bandido e refém Realizando várias vezes atos insanos Marginal arquitetando seus planos Ganância e inveja premeditam seu fim O ódio cresce e o inferno vive dentro de ti O demônio o procura e tenta confundir a sua mente Vários rostos, várias vozes, formas diferentes Ele quer mais um aliado, mais um serviçal Rendeu-se, entregou-se, és um mau Mal visto, mal quisto, mal informado Maldito, mal amado, mal educado, mal alimentado Às vezes sonha acordado que não é tarde demais Pede a Deus que o perdoe pelos que jogou pra trás "Fazei de mim um instrumento de tua paz" Como pode pensar em Deus e falar de paz, Se influenciou, influenciou mal demais? Vários moleques agora querem ser como você Bote fé, pode crer, não sabem ler e escrever Mas dizem estar preparados pra matar ou morrer E esses mesmos a quem manipula vão se revoltar Deus tenha piedade quando a verdade aflorar Quando virem você na boa e eles na pior Você de carro e celular se achando o maior O dono da bola, rei da cocada preta E os pupilos em cana, na mira de uma escopeta Ou ainda, irremediavelmente viciados Aí então, segura a onda irmão É hora de pinar pra não ser jogado Ainda não se tocou que o jogo é perigoso Que é impossível ficar sempre sempre no topo Por mais foda que seja, um dia não agüenta Nessa sua profissão ninguém se aposenta Assim como você entrou, vários vão querer entrar E o caminho mais rápido pra fama é te matar Seguindo os seus passos, seguindo sua trilha Pra atingir você, talvez matem sua família Aqui é papo de rocha, não tô rogando praga Mas o que aqui se faz é aqui que se paga A mente voltada pro bem o tornará poderoso Dando forças pra sair do círculo vicioso