Afinei as cordas do violão. Como estão, dedilho esta canção. E o som que flui, em diapasão, É de harmoniosa vibração. Se eu folgar as cordas, o som não sai não, E não toca nem a alma nem o coração. Se apertar demais, partirão. E som partido toca em outra dimensão. Nem tanto, nem tão pouco, Nem tão são, nem tão louco. Nem oito, nem oitenta, E o preto com o branco acinzenta. Tudo vem e volta pro centro De dentro pra fora, de fora pra dentro. Há um caminho que o raio ilumina Caminho do meio, que buda ensina. No pêndulo, a corda vai e vem, E há um ponto, equilíbrio dinâmico, zen, Equidistante entre os extremos, om, amém. Assim como a alma intermedeia A relativa matéria e a absoluta energia, Entre a ciência e a religião, há a filosofia, E há serena madrugada, entre a noite e o dia. Entre o início, um ponto, e o fim, a meta, Tem o meio do caminho, com muitas setas, Onde há amor, carinho, pedras, espinhos, curvas e retas. No pêndulo, a corda vai e vem, E há um ponto, equilíbrio dinâmico, zen, Equidistante entre os extremos, om, amém.