Ê saudade Bateu no meu coração Do velho carro de boi Cantando em meu sertão Bois não adotam, mas O carro o cupim comeu O carreiro já morreu Já faleceu o patrão Não canta, mas o seção Quem mi deixava feliz As cangas e os canzis Mi atacam recordação Quando era madrugada O carreiro levantava Os bois ele pegava Com toda satisfação Numerado e pavão Nomes que lhe conheciam Os bois lhe obedeciam Como quem fosse cristão As sacas de cafezais E as sacas de arroz Transportadas pelos bois Pra dar renda ao patrão Patrão de mau coração Lhe tratou com desaforo Lhe matou no matadouro Meu deus que ingratidão O transporte da fazenda Não precisava de mola Quem me levava a escola Foi a minha condução Minha primeira lição Não fui amassando o barro Aos bois o carreiro o carro Eu devo obrigação