Brinsan

Pantera Negra

Brinsan


Morte prematura, vivo na amargura
Vejo a vida dura, não sei o que é ternura
Sou aliciada, sou esculachada
Diga ó pátria amada o que vim fazer?
Se saio na rua toda com postura

Sou aliciada sempre por você̂
Mas se eu resisto, grito não me toque
Sou a preta suja, quem vai te querer?
Esse é o machismo que eu sinto na pele, bem na minha pele
Justo por eu ser negra, negra
E serei até́ morrer

Oprimida, reprimida e excluída
Sempre esquecida
Mas lembrada pra faxina na sua casa
Oprimida, reprimida e excluída
Sempre esquecida
Mas lembrada se é pra ir pra cama

Sempre ouvir dizer que eu se quiser crescer
Devo me esforçar em ser a globeleza
Ou então me contentar com seus cargos de limpeza
Ontem ama de leite
Hoje sirvo apenas para seu deleite
É a branca pra casar
Com a preta na rua de mãos dadas nem pensar

Dentro e fora do rap
As pretas são as guerreiras
Seguram as pontas solteiras
Dentro e fora do rap
As pretas são descartadas
Os manos querem as mais claras

Esse é o racismo, é forte é incisivo
Que opera na mente bem como um vício
Tira minha beleza, joga na sarjeta
Já́ sim mv não tem paquita preta
O preto quer ser branco, o branco ainda mais branco
Eu vejo e me espanto, onde isso vai parar?
Tenha orgulho negro
A consciência não pode parar

Meu cabelo black
Um punho forte cerrado
É o poder meu legado
Meu cabelo black
É tão fera que é pra cima
É alto como a alto estima

Meu cabelo black
Não alisa sou pantera negra
Muita melanina
Meu cabelo black

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