Meus livros não querem me ver Meus vícios são vantagens que nem sei pra onde vão Se foram em vão Se nem sei? Disfarço os rios por onde não fui navegar Aparto os fios que me ligavam a este lugar Se eu bem sei dos passos que andei Pra onde vão E se vão Eu posso ir além? ou estou tão aquém de quem deseja ir além Eu tenho passos também, compassos ou sem, eu posso ir além? O ato é meu também, mas se o desejo é vir... Vem também e me faça rir neste lugar Por mais estranho que seja me encontrar aqui Por mais desejos que tenha de afrontar a mim Por mais distante que estejam... Meus vícios não querem me reconhecer Meus livros são decifrados por alguém Que eu nem sei De onde vem Por que vem? Naufrago os vinhos, garganta seca a gritar. Os copos frios embasando o olhar De quem não vê De onde o gosto vem E pra quê ver que... Eu posso ir além? ou estou tão aquém de quem deseja ir além Eu tenho sede também, o amargo me convém, eu posso ir além? O ato é meu também, mas se o desejo é vir... Vem também e me faça rir neste lugar Por mais estranho que seja me encontrar aqui Por mais desejos que tenha de afrontar a mim Por mais distante que esteja o meu olhar daqui.