Bate o tambor da Mocidade Meu verde branco, vai cobrir toda cidade É samba na veia um canto de amor A festa do quilombo chegou! E balanço e balançou Vindo de além mar Das terras de Olorum e oxalá (Mãe África) Nos porões a escravidão Assim; o negro pisa forte nesse chão Bahia, seus batuques reacende a fé E o samba nasce da raiz do candomblé O rio transbordou de alegria Tia Ciata convocou a boemia A pauliceia desvairada se encanta Com a ginga dessa gente bamba Pode embarcar o feitiço é da Ilha Deu onze horas o trem já vai chegar Vou sambar na gafieira Levantar poeira até clarear Em Morros, guetos e vielas Na passarela a fantasia em aquarela Do rádio, estrelas brilham no céu Cartola, Pixinguinha e Noel É afro a mistura brasileira O samba não tem mais fronteiras Tá na pele, está na alma e em nossos corações Amazonense atravessando as gerações