Eu venho do sol ardente Procuro um lugar ao sol Eu sou um sobrevivente Da seca do seridó Não tenho pão nem abrigo Trouxe a família comigo Quero mudar pra melhor São muito boas seu moço As terras do meu sertão São ricas férteis seu moço Dá tudo em plantação Mas quando falta invernada São pobres não valem nada Só há poeira no chão De burro não estudei Esperei chuva do céu Agora sinto o problema Debaixo do meu chapéu Uma cabeça tapada Que não entende de nada Com filhos para criar Sou leigo igual a um jumento Me dê trabalho eu enfrento E à noite vou estudar