As horas mansas deste meu ocaso Quando me planto a versejar a esmo As frases soltas, com algum descaso Vão navegando dentro de mim mesmo Tomam o leme dos meus pensamentos Cortando mares, com sofreguidão Sequer se importam com os meus intentos Mas sempre aportam no meu coração (Então as rotas que foram traçadas São fantasias, quimeras, miragens Pois é o timão das emoções lançadas Que leva o barco de minhas mensagens) Meus versos simples que parecem rios São lenitivo pras minhas feridas E são consolos, e os sonhos bravios Já não ancoram nos portos da vida Sou prisioneiro das coplas esguias Singrando as águas de minhas ilusões Que amotinadas, com as melodias, Vão desaguar no estuário das canções (Então as rotas que foram traçadas São fantasias, quimeras, miragens Pois é o timão das emoções lançadas Que leva o barco de minhas mensagens)