Se o futuro tiver algum brilho Que não seja o brilho Descontente Da lataria Dos automóveis Levo tudo o que couber na mala Até computador Hoje a noite é pé na estrada Pelos quebra-molas sei Chegou Lagoa Santa Passo e cento e dez é o limite automotor Cruzo a ponte, mesmo rio, novas águas Té que enfim choveu Asfaltaram tudo até Santana Telefone Lentamente Esgotando A bateria O silêncio toma conta Como máquina Melhor assim Cada um por si e Deus por mais ninguém