Banda Moxotó

O Brilho

Banda Moxotó


Cinzenta é a faca e a cor da louca vaidade
Que leva cartola, madame, biscate
Na busca da fama, fortuna e andor

Por isso meu canto revela vasta miséria
Presente nos vãos dos viadutos

O brilho retrata toda a aparência humana
E brinca com a massa carente, cigana
Num bolo que falta açúcar e amor

Por isso meu canto penetra na cara daquela
Parcela indecente de vagabundos

Videntes tentam prever o destino do brilho
Mas dessa proeza vem o desatino
E a violência dos homens sem lei

Na rua, viela, jardim, palácio, capela
Se mata, se enterra, se come e se reza
Com todo o brilho do trono do rei

Iluminação...

O certo é que nesse universo tão renegado
Chega o recado que mostra o valor
Força latente na voz do cantor

Que canta a magia da vida, corrida, sincera
Fogosa, sem ouro, sem prata, sem vela
Brilhante na luz do poder da visão

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy