Eu conto os dias que passam E os fios de cabelo que caem Eu sinto o tempo ágil a me consumir Como as cinzas de um cigarro em brasa As crianças correm pelas calçadas Logo mais, de bengala se arrastarão É como se os dias voltassem A reprise de uma novidade A velha história sempre a se repetir Eu sou o tolo que sente saudades Eu sou o tolo que sente saudades Eu sou o tolo que sente saudades Eu sou o tolo que enfim Sente sem saber! Eu sinto o sabor do passado A cada novo dia que nasce O amanhã tem a vocação pra ser ontem O solado gasto do meu sapato O fluxo contínuo do tempo Os calendários sempre perdem a sua função