Não! Não tente calar a minha voz Hoje eu não falo por mim Hoje eu falo por nós E esses nós que não desatam Que seguram firmes a vida de quem é vidraça contra as pedras do rancor Vai buscar o amor no plural! Não! Não tente calar a minha voz Hoje eu não falo por mim Hoje eu falo por nós E esses nós que não desatam Que seguram firmes a vida de quem é vidraça contra as pedras do rancor Vai buscar o amor no plural Pela força do meu cantar Ni nkongo mani mim Essa fé que não vai falhar Ni nkongo mani mim E a palavra não se esgotou, e se o jogo nõa acabou Ni nkongo mani mim Mas ninguete nima mina ku kaanela mani Somos os filhos da dor De um carnaval em preto e branco, o nosso bloco tem cor E a poesia escrita em lágrimas falava de amor E tava tudo cinza até que a voz de cima disse Faça luz Se pelo som ganhamos nosso dom da vida, não será o silêncio o que nos conduz Naquela tarde de Sol, no fim de muita labuta De uma conversa entre irmãs (e irmãos) Nos revigora pra luta! E assim, transcendo barreiras com a força do meu cantar Se não há remédio persisto em continuar Pois somos como um raio de Sol Não tememos as nuvens escuras Pela força do meu cantar Ni nkongo mani mim Essa fé que não vai falhar Ni nkongo mani mim E a palavra não se esgotou, e se o jogo nõa acabou Ni nkongo mani mim Mas ninguete nima mina ku kaanela mani