O flagelo das secas A ganância e a sede do poder A fome dos famigerados A exploração dos fracos e indefesos O sertão do subserviente A Imposição dos irracionais Satisfação dos senhores feudais... Entregue a própria sorte Lutando contra morte Lutando para viver Sem ter o que comer A causa e o efeito Num tinha outro jeito Lutar pelo direito Matar pra num morrer Tempo... No meio das andanças Na Caatinga ô Mata branca Em busca de um rio No nordeste do Brasil A raiz do umbuzeiro A sede o desespero A Arvore que da de beber Pros jagunço num morrer Lutar contra o sistema Às vezes dava pena Num tinha o que fazer Num podiam nos conter... Tempo... Os cabra vinham Correndo da feira Descendo a ladeira Puxando a peixeira Lá na ribanceira Comendo poeira Uma desgraceira... Era matar pra num morrer... Era tanta amargura no coração Castigava a solidão Sem o aconchego do lar Sem ter a quem amar Perdido na escuridão Abrilhantava uma visão Perto de Santa Brígida Avistava a Maria... REFRÃO. Maria bonita e lampião, Sonho amor e paixão ... Oito anos se passaram Uma lenda se tornaram E uma filha deixaram Mais num dia meio sem jeito Não tiveram nem um respeito Pegaram eles de jeito Entre Sergipe e alagoas Mataram essas pessoas Na bala e no facão Uns home sem coração... Mataram o lampião, Morria Maria bonita... REFRÃO Maria bonita e lampião, Sonho amor e paixão...