Sala, quarto e cozinha, escura de fumaceiro Onde se usava um candeeiro pra não ficar no escuro Ranchito muito seguro, feito de madeiras grossa Ali no fundo da roça, sinto saudade, te juro Foi ali que eu nasci e passei a minha infância Velhos tempos de criança que eu brincava com os tição Num velho fogo de chão com lenha de puro cerno Que se usava no inverno pra aquecer o coração Ah! Ranchito, ainda me lembro tua sala de chão duro! Se dançava no escuro com um candeeiro de graxa Indiada se escarrapacha num vanerão bem largado Mas não era convidado se não fosse de bombacha Meu ranchito, não te esqueço nem que faça uma promessa Me lembro bem quatro peças, portas, cortinas de brim Na frente, tinha um jardim que, toda tarde, eu regava E, por nada, eu trocava o meu ranchito de capim E, hoje, aqui, distante, morando aqui na cidade Eu tenho muita saudade daqueles tempos atrás Talvez, nem exista mais, ou viraste em tapera Mas, ranchito, tu me espera que, um dia, chego no más!