Eu nunca viro a cara à luta Sou gigolô se a vida é prostituta Sou como a estátua de Samora Minha postura nunca muda Não se quebra, não se dobra, não se verga, não enferruja E se alimenta desses escândalos de Guiana teme posa Eu aprendi a desaprender todo esse medo que me ensinaram Chamam-me Edson Mandela pelo tempo que me aprisionaram Prisão domiciliária: Eles vêem, tu não lhes vês E dão-te a razão diária pelas rádios e TV's Eu mergulho na diferença, tu te envergonhas dela Tu és branco, tu és preto, a minha cor é aguarela E não me defines nos padrões do banco mundial de FMI Eu me defino nos padrões espirituais de Gandhi Sobe o preço de uma vida, todos sabem o seu valor Então vejo muito a cobrá-la para usarem como penhor Então eu vivo cada dia como se fosse o último E tenho Á'S e VALETES na banca como trunfos Nacionalizas o global, eu globalizo o nacional E organizo o funeral desse mundialismo ocidental Pessoas sob anúncios publicitários com sorrisos Comerciais Eu só vendo o meu sorriso a preço dos meus ideais Aumentam os números racionais, então eu irracionalizo Vocês sabem: Já foi pensado; eu não penso: Eu Improviso Não sigo modas, chegues modas Faço modas, queres modas O teu cérebro é Xerox por isso só pensas em Fotocopias Azagaia eu me auto-proclamei Países independentes, sou ditador da minha lei As TV's eu desliguei, a rádio não sintonizei Este é o meu 25 de Setembro, a minha luta eu comecei Olha a proposição horizontal e põe no ouvido um cotonete E vai sintonizando Azagaia e Valete Os manos alternativos sempre activos no teu deck Sem preservativos nem aditivos por efect Olha pás crianças, vê como são criativas e curiosas Vê como são pensativas e gostam de explorar coisas Novas A escola existe para lhes roubar a criatividade e Formatá-las Estandardizá-las, domesticá-las, robotizá-las Para depois formar adultos que só vêm com duas balas Só avassalam nesses trabalhos precários de produções de Sanzalas E usam o pouco que ganham para consumirem em larga Escala Eles controlam o que tu galas, o que tu pensas, o que Tu falas (falas) Eu digo-te a verdade, tu dizes que eu só invento Cabalas Eu era o puto que assentava sempre lá na parte detrás Das salas Com Public Enemy nos fones enquanto os profs davam Aulas Andava com revistas maoistas, passava a vida a Desfolhá-las Por isso é que quando eu abro a boca, palavras parecem Balas Gala! Queres calas, embá-las, eu quero a mudança para Consumá-la, gala Eu sou o alternativo bro e o alternativo choca Ouço Coca e Azagaia, tu ouves a moda que a rádio toca Só queres é andar atrás da nota por isso só rocas Marcas da moda Sou simples como um rasta bro, mas sem rasta nem Broca Vejo-te todos os dias em discotecas, doido á procura De catota Tou todos os dias na biblioteca a recolher knowledge Para os tropas Essa tua dama é muito boa mas se abre a boca é uma Anedota (ahahah) A minha dama para alem de bonita é erudita e poliglota (Toma) Metes-te na vida dos outros porque és o rei da fofoca (Toma) Meto-me na tua vida só para deixares de ser idiota Não é só por ti, eu tou por ti e pelos teus Compatriotas Vim para salvar a tua vida mano sem querer nada em Troca (nigas tão a brincar com essa merda man) Vim para salvar a tua vida mano sem querer nada em Troca Olha a proposição horizontal e põe no ouvido um cotonete E vai sintonizando Azagaia e Valete Os manos alternativos sempre activos no teu deck Sem preservativos nem aditivos por efect