Salas lotadas, corpos ausentes, Boas intenções demais pra negociar Adubando vidas semi-falidas Decorando receitas de como se faz Um mundo novo, um que funcione, Pra consentir a esmola, e digerir a fome, Indústria social de deuses de isopor Educação pra esmolar um futuro promissor Meros gados humanos é o que nos tornamos Nas mãos de um nefasto destino inquisidor Assim alcançaremos toda plenitude Estatizaremos a mediocridade Assim as tragédias não parecem ruins Aprenderemos a aceitar nossos dissabores O arrebatamento começa já É hora de brindar o começo do fim A cruz de mogno, a sobrevivência, Paciência, temor e complacência, A grande empresa vai nos redimir O estatuto panteísta de como seguir Viver, pensar, morrer e desistir