Meu anjo encapuçado Que me rogaste o corpo E o deixaste morto e solto E louco, e torto, e roto O que te arranha a pele É o que me acaricia E o que te rói os ossos É o que me vicia Te franzir a testa Me dá calmaria E o que te empalidece Me desanuvia E o que te entristece Causa minha alegria Pois o teu fim de festa É o meu romper de dia E o que te retalha Me custura e a afia E o que esfrangalha Nunca que chegaria Há assombrecer minhas noites QUe dirar os dias E ao longo de ciladas Te judiarias Vou tecendo o preço Que te cobraria Por todos os meus sonos Que tu invadiste Meu anjo encapuçado Que me enrrugaste o corpo E o deixaste morto e solto E louco, e torto, e roto E triste