Augustuna

Verde Vinho

Augustuna


Ninguém na rua na noite fria
Só eu e o luar
Voltava a casa quando vi que havia
Luz num velho bar
Não hesitei, fazia frio e nele entrei

Estando tão longe da minha terra
Tive a sensação
De ter entrado numa taberna
De Braga ou Monção
E um homem velho se acercou e assim falou

Vamos brindar
Com vinho verde que é do meu Portugal
E o vinho verde me fará recordar
A aldeia branca que deixei
Atrás do mar
Vamos brindar
Com verde vinho p’ra que possa cantar
Canções do Minho que me façam lembrar
Com o momento de voltar
Ao lar

Falou-me então daquele dia triste
O velho Luís
Em que deixara tudo quanto existe
Para o fazer feliz
A noiva, a mãe, a casa, o pai
E o cão também

Pensando agora naquela cena
Que na estranja vi
Recordo a mágoa, recordo a pena
Que com ele vivi
Bom português, regressa em breve
E vem de vez