A lágrima e o sorriso Muito se assemelham Sentimentos que espelham Um prazer, uma agonia Muitas vezes, há um mal a nos ferir E nós temos que sorrir Outros choram de alegria A lágrima e o sorriso Andam de braços dados E são sempre convidados Para a festa ou dissabor Quem vê um pássaro cativo Sempre gorjeando Não imagina que ele está chorando Como eu, cantando a minha dor Quando no calvário O Nazareno caminhou Teve lágrimas, sorriu Pelo dever exigido E o seu algoz Que até a boca gargalhou Chorava o seu pranto arrependido E no meu dilema Onde o destino caprichou Deixando meu amor Confundindo as expressões: Aquela a quem eu amo A outro pertenceu Sorrir por ter o que não me pertence Chorar por não ter aquilo que é só meu