Nesse quarto sujo, leve, roto Penso, logo existo Abismado, inconsciente como ter éter na mente Eles duvidam de tudo aquilo que eu vi Isolados numa ilha eu e minha sombra podre Mergulhados nessa lama da tristeza e eu não sabia Eles dizem que eu corro perigo Num pequeno barco, imenso oceano naveguei À procura dessa cura, incurável nostalgia Mas eles querem tudo o que eu não quis Solidão já faz parte de mim A tristeza é refugio no fim Nem os pulsos cortados vão fugir Todo "não" é metade do "sim" Um abismo no peito, "spleen" Liberdade é o que prende pra esquecer Flores mortas caídas Despedaçadas no chão Uma rosa vermelha rompeu o asfalto em pleno verão