Povo que não se conheci não é povo Povo que não se conheci não é povo, é bando Cabralhada! A volante se move rasteira feito cobra no canavial Os seus olhos ardem que nem fogo e na veia, na carne um punhal A caatinga é o solo sagrado e o sol é o teto do mundo Se com sangue escrevo essa história o que diria antônio silvino? Eu vi o bando sagrado de antônio silvino Por antônio se morre e se mata feito seca em mês de estiagem Quando a fome bater na porteira, devagar cutucar o covarde Ou se junta a um bando selvagem ou dispara contra a coragem Sou devoto de antônio silvino e morrer é só uma passagem Eu vi o bando sagrado de antônio silvino Urubuservando o horizonte, não vejo o cangaço vencido Pois o choro é a lenha da reza e a luta é fogo e destino Se morrer for minha sina ou castigo Quem me dera fazer com bravura E quem sabe encontrar com ternura Os olhos de diadorim no infinito