Já e costume nos proporcionam ser violento Do berço ao caixão, extinto é maquiavélico Entre o cabelo o pescoço hematomas E no balcão do bar o chefe da casa entornando outra A bíblia não detalhou, mas entendi Que o filho mata pai é por esses motivo aí Quando chega da escola e vê a mãe com ferida Roxa espancada dedicada no tanque lavando roupa Lei 11340 que só protege contra a violência doméstica Não evita mão com luva lavando privada Nem o rodo de espuma lavando calçada 90% das mulheres periféricas Em vez de secretária limpando o chão da empresa Estupradas na calada por turista ou nas falsas abordagem Sem policial feminina Supercílio aberto no soco é violência O patrão gritando com funcionária é violência A professora humilhada na escola é violência Ae cuzão vamos fazer valer a lei Maria da penha Nunca relei um dedo na minha mulher Imagem que meu filho na mente nunca vai ter Antes mulheres sangraram, morreram e foram matar Pra hoje outras mulheres ter o direito de votar Pode argumentar ter direito igual Não ser usada como objeto sexual Dançarinas de funk disposta a orgia Essa novinha cuzão poderia ser sua filha Minha mãe guerreira de fé Vítima da violência outra mulher Que decidiu fugir de casa com o filho recém-nascido Refugiada da própria casa do alcoolismo O melhor do marido alcoólatra que prometeu jogar o próprio filho na fossa Sem auxílio em delegacia Então que um dia prevaleça a justiça divina