O meu filho me odiará Como toda sua geração, odiará seus pais Por viver neste lugar E não ter feito nada! Pra mudar nada! Para ele apenas restará Sobreviver num mundo a beira da extinção Nas noites mais frias sufocar O ar que lhe falta, tomado pela destruição O meu filho me odiará (Eu não vou estar lá) E não há quem o convencerá Que houve resistência dos seus pais Quando para o lado for olhar E ver pessoas brigando por água, escassa e não-tratada Sempre é possível escutar Gritos desesperados, que vagam pelo ar Gritos que levam até os mais fortes a surtar Ecoam entre as paredes do abrigo nuclear! O meu filho me odiará (Eu não vou estar lá) Gritos desesperados que vagam pelo ar Dentro das paredes do abrigo nuclear