Elétrica me pus no mundo Pra acender o fundo, o fundo O fundo que chamavam de poço Orifício apertado imundo E eu comprimindo no peito A explosão dum gemido oriundo De um gozo acuado (no escuro) Escondido num canto fecundo E eu comprimindo nos dedos Esmagando as horas em segundos Era um canto socado pra dentro Embutindo o mundo pra dentro do fundo Em suma a razão oriunda Duma ideia errada da bunda Dançava uma ginga esquisita De um jeito arrastado corcunda Até que um calor desvairado Acendeu uma paixão vagabunda Por uma sunga marcando uma mala Rebolando os compassos da rumba Era um corpo agitando o mundo Arrombado a porta do submundo mundo mundo mundo E riscou a faísca assanhada E a ideia safada me abunda abunda abunda