O estrondo que ecoa no extremo leste, a’s trinca espalhou a peste É tipo um vírus na corrente sanguínea dos vermes O amor resgate, a dor descarte, te deixo um salve no encarte Aplauda se quiser ou se não for tão covarde. Minha pele clara é só um detalhe Eu mesclei um toque latino, o sangue dos negros e a cultura rasta de marley Pra quem tirou minha cor meus cabelos mostram minha raiz Com paus e pedras me atacaram mesmo assim me fortaleci Brancos, pretos somos um, dna é incomum Alguns se acham mais que os outros mais não passam de mais um Eu represento os três pilares, a’s trinca o mulherio no auge O clã das minas no ataque, na força eu me juntei com elas Somos três rosas cultivadas entre becos e vielas Nossa quebrada é tiradentes, zl onde os bico gela. Nascida em selva de pedras 011 é o ddd Onde está cheio de ordinária se vendendo pra aparecer Enchendo o rabo de dinheiro com o nome do rap nacional Sobe no palco seminua, faz da minha cultura um carnaval Ela põe top, mini saia, rebola a jaca e ainda se acha A musa do rap arrancando aplausos na praça Instigando a mente dos manos apela pro lado sensual Na moral, aprendiz de puta se tornou banal Fui agredida e agredi, por isso agressora me fiz Foi necessário pra eu viver nessa babilônia aqui No movimento abriu a janela e fecharam-se as portas Nunca será das nossas, agora abraça o rap moda No fundo do posso reclamava do fedor da foça Agora morra asfixiada com perfume das rosas Africanidade na face, musicalidade nas frases Desembarace com charme, mulheres em brasilidade Em defesa da beleza latina e afro brasileira Somos fortaleza mestiça e excelência guerreira Espirituosa que não joga conversa fora Na arena gladiadora não se dobra às vantagens da moda Toda mulher é sagrada com graça não baixa a guarda E nem entrega a batalha pra vadia que se acha Segue a linhagem de um único raciocínio Fiel aos princípios, profissão perigo útil pra ensino A duras penas promovida agressora de presença Rima e caneta eu me encaixo a minha maneira Guerrilheira camuflada num campo de palavras Estraçalha covarde, canalha que não vive o que fala Contradiz seus pretextos, são apenas segredos Não é o primeiro nem o ultimo desfecho desse enredo Subestima a capacidade de desenvolver Reprime a inteligência alheia e o modo de viver Quem é você? Pra me falar de atitude e proceder O que é você? Pra me manter encarcerada e me impedir de crescer Vivendo aprendi que teses que defendi podem se virar contra mim Mais não me permiti, eis-me aqui Não afrouxo as rédeas pros comédias que acumulam ideias Sem estratégia previa num palco de guerra Esse é o rap que ataca primata e desacata a farsa Rimando sem meias palavras não atrasa Na defensiva, com fúria se precipita Compra briga mal resolvida e asfixia a poesia, equilibra O orgulho diminui a inteligência Faça porque precisa e não por aparência, soma experiência Agressiva a mão que bate é a mesma que alise Compulsiva perca com classe e vença com ousadia