O meu quarto que fora tão risonho Cheio de vida, de aroma estonteante! Vive agora, coitado, tão tristonho Dês de que foi ficar a tão distante Aquele desalinho em que deixasse O nosso leito de lençóis bordados Eu conservo tal qual abandonasse Sem deixar que lhes vejam profano Mas, se a Lua, nossa boa, eterna amiga Nossa velha e meiga confidente! O seu manto, se estende nele abriga Está dor que em tudo aqui se prende Resulto de prazer, corro à janela Abro a cortina, a sua luz prateada Porque através do mantos raios dela Novamente, eu te vejo lá deitada