Quem tudo olha… Quase nada enxerga Quem não quebra se enverga A favor do vento Eu não sou perfeito Sei que tenho de pecar Mas arranjo sempre jeito De me desculpar… Eu lá na Penha agora vou "estifa" Mas não vou como um "califa" Que foi lá desacatar Mas a força falha Ele teve um triste fim Agredido a navalha Na porta de um botequim! Eu vou à Penha de qualquer maneira Pra ver a minha santa Padroeira Faz hoje um mês que fui naquele morro E a Juju pediu socorro Lá da ribanceira Toda machucada Saturada de pancada Que apanhou do seu mulato Por contar boato Meu coração bateu a toda pressa E eu fiz uma promessa Pra mulata não morrer... Pela padroeira Ela foi bem contemplada Levantou do chão curada Saiu sambando fagueira! Eu vou à Penha de qualquer maneira Pra ver a minha santa Padroeira Eu vou à Penha de qualquer maneira Pois não é por brincadeira Que se faz promessa E... o tal mulato Para não entrar na lenha Fêz comigo um contrato Para sumir da Penha Quem faz acôrdo não tem inimigo A mulata vai comigo Carregando o violão junto à santa milagrosa Vai cantar meu samba prosa Numa primeira audição. 6087 Ficha técnica da faixa Grupo da Odeon Voz: Déo Maia [ Samba - gravado em 1939 por Déo com o Conjunto Odeon - Odeon 11.762A ]