Noite negra nua e fria Uma garganta escondida Estranho silêncio no ar A cantar a nostalgia Que nela vinha perdida Numa noite sem luar Era a voz do louco fado Dum pesadelo a fugir Ao fascínio da maldade No seu mundo inconformado Onde teve que cair No abismo da verdade Uivou a noite dos lobos Chorou a a noite sem calma Neste mundo sem razão Nas gargalhadas dos bobos Nos tristes corpos sem alma A viver na escuridão