Nos rastros dos pes de mangue Do concreto de aço sem vida No consolo do afago da mãe No suor do dia a dia Me pego deserto na tristeza Da folha de palma que sacia Com peso no andar nas costas Chega ao mangueio me livra Sou menino moço Dos pés descalços Da agua no rosto Do quente do asfalto Sou luz da lua Sou luz do sol Sou grito no peito Deste amor marginal Solitário pássaro avoa Na imensidão azul Socorro nas guerras dos egos Ideologia transformada em moda de zona sul Que Deus me livre do fato Que o disco voador me contou Que lá nos lírios do espaço O cheiro do amor se contagiou