Ya sé estoy un poco duro La gente me mira mal En este bondi careta Igual quiero conversar Recien salí de la carcel De un muerto que no maté Como soy un mentiroso Nadie me quiso creer Ya sé estoy gritando mucho El fercho me va a bajar Y los que voy encarando No me quieren ni mirar Y el gordito de las rastas No me quiere convidar Seguro que tiene faso Y no me vendría mal Siempre supe que había una cita Con unas rejas para cumplir El mismo miedo me fue llevando Como la aguja llama al fakir Será que me faltan dientes Porque se quisieron ir Y cuando estoy excitado Tengo tendencia a escupir Y encima que huelo raro Porque acabo de sali Los culpables de aca afuera No me quieren incluir No pagué por lo que sí hice Pero el destino sabe sumar Y bien ahí esa flaca rubia Casi sonríe antes de bajar Tu celu no contestaba Ahora te siento bien Cuando te agarre esta noche Como te voy a querer Y por hacerme el poeta No digo de una coger Que en esa maldita tumba No hay visitas de placer Y nunca van a entender los panchos El gusto a cielo que va a tener Lo que me va a cocinar mi vieja Cuando mañana la vuelva a ver Eu sei que eu tô um pouco duro As pessoas tão me olhando esquisito Nesse buzum careta Azar, quero conversar Recém sai da cadeia Por um morto que não matei Mas como eu sou um mentiroso Ninguém quis acreditar Já sei que tô gritando muito O motora vai me mandar descer E os que eu vou encarando Não querem nem me olhar E o gordinho dos dreadlocks Não quer me convidar É claro que tem um fininho E isso não viria mal Eu sempre soube que tinha um encontro Com umas grades pra cumprir O mesmo medo me foi levando Como a agulha chama o faquir Será que me faltam dentes? Porque que quiseram ir? E quando eu estou animado Tenho tendência a cuspir E, além disso, eu cheiro estranho Porque acabo de sair Os culpados de aqui fora Não me querem incluir Eu não paguei pelo que, sim fiz Mas o destino sabe somar E, bem aí, essa loira magrela Quase sorri antes de descer Teu celula não atendia Agora te sinto bem Quando te agarrar esta noite Como eu vou te querer! E para fazer-me de poeta Não digo de uma Que nesse túmulo maldito Não há visitas de prazer E nunca vão entender os otários O sabor do céu que vai ter O que me vai cozinhar minha velha Quando, amanhã, eu voltar a vê-la