A Sombra de um cajueiro Caminho no terreiro ouro em pó O santo vira milagreiro O samba no terreiro o pé descalço A dança das cirandas anda a Lua Sorrateira canta Quando o canto avisa uma saideira Se o lamento oscila entre o bem e o mal Faço das minhas rimas uma companheira E do canto improviso pra ela chegar Chegará anuncia o altar Que meu amor Vai me levar Alguém comigo que entenda meu sonhar Que abra janela só pro dia resolver Alguém que abra os braços em qualquer lugar E que me ame quando nada pode ser Nada pra fazer nada pra sentir Que a sua luz seja impossível de apagar Que seu abraço faça tudo resolver E se um dia quando não tiver lugar Regue as flores para as dores esquecer Faça me viver faça me sentir Alguém comigo que entenda meu sonhar Que abra a janela só pro dia aparecer Alguém que abra os braços em qualquer lugar e que me ame quando nada pode ser Nada pra fazer nada pra sentir Que a sua luz seja impossível de apagar Que seu abraço faça tudo resolver E se um dia quando não tiver lugar Regue as flores para as dores esquecer