Cícero Nascido no chiqueiro Ele brincava o dia inteiro Com a Camisa do Parmera Era demais Jogava muita bola Ele era o artilheiro Mas Cícero cresceu Não era mais O porquinho que comia os docinhos da vovó Depois de ver seu time jogar Já era bem grandinho e decidiu que era hora Que era hora de ele se mandar Construiu a sua casa Feita com um monte de palha Foi só uma semana E nada mais Era perto do centro Tinha feira de domingo Mas sempre em um belo dia A casa cai Um lobo que era mal, com sobrenome vendaval Levou até as roupas do varal A casa era fraca e ele pensava que era o tal E nunca acreditou em Lobo Mau Ele sempre quis fazer da sua vida uma festa Mas nem sempre se vence, ou quase sempre a gente perde A vida continua, mas pra ele acabou Não ouviu direito o que dizia se avô Se soubesse o que a dor da derrota lhe faz Seria capaz de nem tentar...