Dizem que o mate afoga As mágoas do coração; Mate sobre mate tomo, As mágoas boiando vão. Eu venho lá de longe, Noite velha adiantada; Dá-me um mate-chimarrão, Minha boa misturada. Senhora dona da casa, Eu sou muito pedichão; Mande me dar de beber, Mas que seja um chimarrão. Senhora dona da casa, Dê-me um chimarrão Com quatro pedras de açúcar, E queijo e bastate pão. Do meu canto eu estou vendo Quantos mates vais chupando; Quando me chegar a cuia, Os pauzinhos 'stão nadando. Eu não quero tomar mate, Quando os ricos 'stão tomando; Quando chega a vez dos pobres, Os pauzinhos 'stão nadando... Quem quiser que eu cante bem Dê-me um mate de congonha, Para limpar este peito, Que está cheio de vergonha.