Eu nasci no recanto das emas, Bem distante da povoação, Foi ali que eu comi muito po, Com papai, mamãe e os irmãos, Nossa casa era uma casa velha, Na encosta perto do lixão, Tinha rato do tamanho de um bezerro, Que a noite ruia meu pão, O quintal coberto de pueira, Um cachorro magrelo com sarna, Voce tem que ver que coisa feia, Um latido o cachorro tombava, No varal umas roupa encardida, E as cuecas que papai usava, Quando papai soltava um pum, A poeira em volta levantava, No recanto ainda existe uma coisa, Que o tempo ainda não deu fim, Uma mula que comia barro, Que a poeira encobria o capim, E a noite papai ia dormir, E roncava pior que um touro, E de manhã quando papai tucia, Cada cuspida caia um tijolo