Pai nosso, posso? Com licença Endosso essa conversa Respeito a sua presença, peço que me ouça nessa Esse moço que tem pressa Diz que tá osso a inércia Tipo o fundo do poço A saída, aonde começa Quebrei a cara com a promessa de viver seguro Dinheiro fácil e portando as peça de aço escuro Pra relaxar, dois maços de cigarro e maconha Um furo na educação, (Deus) um laço, uma vergonha Pra minha família, minha mãe que me educou na igreja Crente que eu não tivesse um coração cheio de dureza E com certeza minha fraqueza que partiu pra cima Uma fortaleza depois de dois pinos de cocaína Indo pra cima, pra baixo ouvindo uns hinos Achando que dessa forma Deus tava me conduzindo Me sinto num vale preciso de ajuda, não vejo saída Deus ajude seu filho, me encontro perdido, sem alternativa Cansei de tanto chorar Quanta aflição Coração a mil Lembrei de uma visão Numa oração Eu num funil Cansei de tanto chorar Quanta aflição Coração a mil Decidi voltar na contramão Minha conversão Sair desse frio Não consigo orar Metodicamente e pá Minha mente tá que tá A ponto de estourar E consequentemente me sinto inconsequente Jogado num vale sem gente Meu Instagram que mente Cresci na igreja, envolvido Fechadão nos cultos Menino novo, bruto Achava que dava fruto Nem lembro como e porque me desviei do foco Luto dia após dia, surto Me diz como eu volto Juro que solto no que me prende nesse mundo louco Quero largar de vez o que me traz esse sufoco Preencher esse oco que grita em minha alma E viver de pouco em pouco o que aprendi que cura o trauma Cheguei no fim do jogo Me acalma Diz que me aceita de volta pro seu reinado Me colhe pra sua colheita Me chame de filho amado Volto de vez Ser povo da raça eleita Viver Salmo 23 Cansei de tanto chorar Quanta aflição Coração a mil Lembrei de uma visão Numa oração Eu num funil Cansei de tanto chorar Quanta aflição Coração a mil Decidi voltar na contramão Minha conversão Sair desse frio