Era uma noite apressada Depois de um dia tão lento. Era uma rosa encarnada Aberta nesse momento. Era uma boca fechada Sob a mordaça de um lenço. Era afinal quase nada E tudo parecia imenso! Imensa a casa perdida No meio do vendaval, Imensa a linha da vida No seu desenho mortal, Imensa na despedida A certeza do final. Era uma haste inclinada Sob o capricho do vento. Era minh´ alma, dobrada, Dentro do teu pensamento. Era uma igreja assaltada Mas que cheirava a incenso, Era afinal quase nada, E tudo parecia imenso. Imensa, a luz proibida No centro da catedral, Imensa, a voz diluída Além do bem e do mal; Imensa por toda a vida, Uma descrença total.