Teu coração foi estojo Dos meus leais sentimentos Desfeitos pelo arrojo Dos teus fúteis juramentos Eu te ensaiava prelúdio Tu imaginavas repúdio Ao meu leal manifesto Nesse grandor que a conteve O nosso amor sempre teve Febril prenúncio de um resto Até que num tom nervoso Tu proferiste quimeras Eu não era teu esposo Nem minha esposa tu eras Com declaração nefasta A todo instante me arrasta Por rumos curvos sem calma Marcando as horas nos versos Desses assuntos diversos Que a vida guarda na alma Pra quê negar se sabemos Que quem vê os meus acervos Verá que sempre vivemos Em uma guerra de nervos Quantas vezes nossas costas Foram dadas por respostas A necessárias perguntas E a falta de idéias boas Têm feito muitas pessoas Deixarem de viver juntas Belas canções e poemas Que fiz pra ti e gravei Documentam os dilemas Que desse amor suportei Desinteresse por sexo E nosso amor sem reflexo De uma amizade legítima Não nos permite mais chance E no final do romance Cada um sai como vítima Nossos prazeres profundos Por mais que se façam belos Você em poucos segundos Faz deles podres farelos Seu ódio por mim é tanto Que ainda que eu fosse um santo Talvez você conseguisse Me por abaixo dos níveis De todas coisas horríveis Que de mim você já disse