Na milonga que ponteio Enquanto as horas se vão Com as pontas dos meus dedos Vou desvendando segredos Mistérios do coração Versos que o poeta escreve Para um dia virar canção Procuram a melodia Pra fazer-se parceira Fecundar a poesia Que brotou da inspiração Fecundar a poesia Que brotou da inspiração As notas vão se encontrando Iluminando a palavra Que vem do fundo da alma Na terna voz do cantor Desabrochar de uma flor O sorriso do menino A emoção do reencontro Que une pra sempre o destino Quem acha sua metade Nunca mais é peregrino Quem acha sua metade Nunca mais é peregrino É suave a embriaguez De fingir fugir da dor Nas linhas de um poema Na rima do rimador Quem nas veredas da vida Não se cruzou com o amor E até hoje anda ao acaso Procura não sabe o que Guarda consigo um romance Mal escrito, ninguém lê De paixões mal resolvidas Que trançam tantas amarras Amarguradas que se abrandam Com acordes de guitarras Amarguradas que se abrandam Com acordes de guitarras As notas vão se encontrando Iluminando a palavra Que vem do fundo da alma Na terna voz do cantor Desabrochar de uma flor O sorriso do menino A emoção do reencontro Que une pra sempre o destino Quem acha sua metade Nunca mais é peregrino Quem acha sua metade Nunca mais é peregrino