DOCE Franklin Mário Chão de estrelas Céu de papel crepom Ruas de papelão Luas de néon Lama porcelana Maçãs de isopor Gente qualquer coisa Qualquer cor Barcos vão ao léu Nesse mar marrom Tinta no pincel Mão de estivador Pálpebras fechadas Lágrima rolou Rolou pela estrada E inundou Cidade fantasma Beijos de hortelã Parede de balas Teto de avelã Hoje quase nada A manhã levou O que era doce Acabou