Tempo de se benzer é hora de dançar salto onda após onda, de banda, na platibanda acolá o vento que venta aqui é o mesmo que venta lá tiro de escopeta, treta, mutreta, de letra, olará Vivo sem eira nem beira, passando rasteira em tamanduá quase que eu quebro a moleira em plena soleira no porto a regatear desejo a viúva de saia e tomara-que-caia no meu patuá sei que ela vive de escambo, namora um molambo a polícia no lombo não deixa ela esculachar Tempo de se benzer é hora de dançar burro é quem leva a cangalha, quem mexe uma palha, quem vai labutar o vento que venta aqui é o mesmo que venta lá rio que arrasta cabaça, o véu na trapaça, o sol no alguidar Gente no tatibitate, cuíca rebate, retumba o tambor estreito a morena nos braços chalaça, cachaça da nêga a negacear canto a marcha estradeira, meu nome é madeira, mas fora-da-lei nasci pra viver na gandaia, não fujo da raia se o dia não raia, a noite é pra escangalhar.