As minhas mãos cansadas Se enguem buscando por Deus Mas como me ouvisse as antenas da cidade Não tem sintonia com o céu Por mais que eu ande por aí E tente de algum modo encontrar A resposta pra toda essa maldade Não é você quem vai me dar Então eu olho E deixo o tempo passar Talvez mais velho Eu possa vir até aceitar Que nossa abstinência é a culpa de todo o retrato Mal pintado no metrô Eu me escondo por baixo da lama é mais fácil Por que aqui ninguém quer se sujar Eu me escondo por baixo da lama é mais fácil Por que aqui ninguém quer se sujar Me veja um prato de farinha com um pouco de feijão E por fim me faça uma oração É sete dias da semana que eu vou rezar Sete pecados que eu quero teu perdão E sete erros ainda que tenho te pagar Sete enganos, tua lei me fez acreditar As minhas mãos cansadas Se enguem buscando por Deus Mas como me ouvisse as antenas da cidade Não tem sintonia com o céu Por mais que eu ande por ai E tente de algum modo encontrar A resposta pra toda essa maldade Não é você quem vai me dar Eu vou voltar pro morro Pois a minha cara bate Na cara de quem não sabe e bate Eu vou voltar pro morro Pois a minha cara bate Na cara de quem não sabe e bate Eu vou voltar pro morro Pois a minha cara bate Eiii Eu vou voltar pro morro Pois a minha cara bate Eu vou voltar pro morro Pois a minha cara bate Eu que subi o morro pra ver Maria Cheguei tarde demais e vi José Tava sentado em frente do barraco Com a lágrima na face me olhou Minha filha que você veio ver Tá ali dentro deitada no caixão Uma bala perdida a encontrou E agora o que me resta é solidão Eu vou voltar pro morro Pois a minha cara bate Eu vou voltar pro morro Pois a minha cara bate