Aninha Pires

A Mim Me Basta

Aninha Pires


A mim me basta a geografia dos bastos
Contraponteando com os pastos no garrão deste universo
A mim me basta um violão encordoado,
Num ponteio debochado, pra um paleteio de versos

A mim me basta a liberdade do andejo
Nos caminhos que falquejo, na minha sina de andar
A mim me basta uma fronteira sem "permiso"
Que não tenha o compromisso nem obrigação de voltar

Mostremos valor, constância!
Pois não existe distância entre a casa e o galpão
Porque a bombacha e a bota que eu uso
Não me permite o abuso aqueles de pé no chão

A mim me basta o meu Rio Grande garroneiro
Nesta sina de fronteiro de brasileiras proezas
Terçando ferro e nazarenas cantadeiras
Na catedral das mangueiras em campeiras sutilezas

A mim me basta que o ser seja humano
Eis que muito soberano vira a cara à Pátria chão
Que o meu Rio Grande tenha cheiro de mangueira
E a bandeira brasileira vista as cores da nação

Cookie Consent

This website uses cookies or similar technologies, to enhance your browsing experience and provide personalized recommendations. By continuing to use our website, you agree to our Privacy Policy